quinta-feira, 15 de maio de 2008

Cabeça pequena, mente restrita.

1- Algo diferente
Hoje aconteceu algo diferente em minha vida, hahaha.
Estávamos Vinícius e eu conversando sobre assuntos aleatórios e rindo bastante deles e uma mulher que estava dentro do ônibus começou a olhar pra gente toda hora.
Nós levamos isso "na esportiva", tudo bem.
Depois, ela levantou, ia descer do ônibus no ponto seguinte. E nós, de brincadeira, começamos a olhar pra ela também. HAHAHA.
Ela ficou puta bem irritada. Normal, eu também alteraria meu humor se dois adolescentes retardados começassem a me encarar dentro de um ônibus... mas nem por isso eu faria o que ela fez.

2- O quê ela fez?
Ela começou a falar alto e demonstrava estar loka do cu com seu humor bastante alterado. E falava assim: "Tem que levar muita porrada da vida pra aprender. Muita porrada pra crescer e virar gente.. Vai estudar! Vai virar gente!"
E o Vinícius continuou encarando a mulher e eu segurando minha gargalhada. HAHAHA.
E ela continuou falando: "Você está vendo aonde eu estou descendo? Estou descendo no morro. Eu moro na favela. E você sabe quem eu sou pra mexer comigo assim? Não sabe! Eu moro na favela! E aqui a gente marca a cara. Vocês passam por aqui todos os dias que eu sei!"
Ela desceu do ônibus e continuou gritando e fazendo seu escândalo. Eu ignorei, mas o Vinícius continuou debochando da cara dela.

3- Cabeça pequena, mente restrita.

"E ela continuou falando: "Você está vendo aonde eu estou descendo? Estou descendo no morro. Eu moro na favela. E você sabe quem eu sou pra mexer comigo assim? Não sabe! Eu moro na favela! E aqui a gente marca a cara. Vocês passam por aqui todos os dias que eu sei!". "

O fato dela ter me ameaçado, praticamente de morte, não me preocupou tanto assim. Até porque, eu nunca passo por aquele caminho. O que me deixou realmente chateada, perturbada e irritada foi o fato dela ter falado dessa forma das pessoas que moram em favelas. Se ELA é assim, frisando: se ELA é assim, o resto dos moradores não precisam ser também.
Eu sei que há toda uma proteção por parte dos "chefões" das comunidades mas, também não é assim. Ela não tinha motivo algum pra fazer tal escândalo e dizer tais palavras. Ela se referiu aos moradores de favelas como pessoas perigosas, rudes e vingativas quando na verdade são pessoas absolutamente normais, não são mais ou menos dignas de respeito do que qualquer outra pessoa. Ela tem uma visão errada de onde ela mora. Talvez, ela tenha dito aquilo só pra tentar nos assustar, mas ela disse isso pras pessoas erradas. Ela mesma que nos mandou estudar, não estuda sobre sua própria vida, sobre seu cotidiano e sobre o lugar em que vive.
Na verdade, quem deveria crescer pra vida, estudar e virar gente nessa história toda, é ela.

Você não é o lugar em que vive.
Você é você independentemente do lugar em que esteja.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Lack of love

Na vida da maioria das pessoas há uma falta de amor e compreensão muito grande. Acho que todo mundo conhece alguém que sente falta de alguém. Não estou falando de (só) amor conjugal, mas de amor fraterno, familiar...
Eu lembro de quando eu fui no Free Hugs, eu abracei as pessoas e algumas delas, dava pra sentir a energia delas e, em algumas dessas algumas, a carência afetiva que tinham.
Acho que a maioria das pessoas que entram pra vida do crime não tiveram uma educação da família cuja base era o amor. Porque eu tenho certeza que se alguém for criado com amor, vai querer passar esse amor que foi dado a ela. Eu sou assim. Minha mãe e meus familiares me criaram com amor. E eu não preciso roubar ninguém pra ser feliz, eu não preciso de entorpecentes pra me sentir querida pelos outros e não preciso matar meus semelhantes pra ser reconhecida pelos outros.
Tentar fazer com que essas pessoas entendam e queiram sentir o amor enquanto estão "ativos" na vida do crime é dar murro em ponta de faca. Elas só vão sentir falta de afeto quando estiverem sentindo as conseqüências dos seus erros. Até porque, as pessoas só sentem falta das outras quando precisam delas.
E o que esse texto pode fazer pra mudar essa situação? Nada. O que muda o mundo não é um texto. É você, o leitor dele.

Give peace a chance. - John Lennon.
Give love a chance. - Andressa M.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Spanish Castle Magic

Pegar uma carona numa libélula, viajar em nuvens baixas, dançar no vento...
Nada disso se compara a ter suas próprias asas! :D
Mas isso não me faz perder a vontade de viajar na libélula de Hendrix e conhecer seu Castelo Mágico Espanhol.

Quero ter asas já.
Eu seria bem mais feliz.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Labirinto

Eu realmente não sei o porque, mas eu estou com essa palavra o dia inteiro na minha mente
Mas sei lá, eu acho que a Terra é um Labirinto. Um enorme labirinto. A gente não tem pra onde ir se não aqui.
Eu comecei a pensar nisso dentro do ônibus... Ele entra por várias ruas pra chegar em algum lugar mas acaba que ele entra em outro e para em um ponto e depois volta pra essas mesmas ruas.. nunca tem um final. Só os personagens são trocados.
E, sei lá.. Isso me faz me sentir sozinha, sabe? Eu não entendo (e nem quero entender) lhufas do que está acontecendo ao meu redor. Eu prefiro continuar no meu mundinho medíocre, infantil e filosófico pensando sobre coisas consideradas inúteis e idiotas por muitos, mas que pra mim fazem todo sentido do mundo.
Eu acho que os labirintos estão em tudo. Minha casa é um labirinto, meu bairro, meu estado, país, continente, planeta, o Cosmos, o Universo maior, e o pior labirinto de todos: eu mesma.
É incrível a capacidade que eu tenho de me perder em mim mesma, em meus pensamentos, teorias, ideologias, invenções, desejos, sonhos, projetos, etc. Uma coisa puxa a outra e nisso eu vou pensando em várias coisas ao mesmo tempo.. Eu queria saber porquê as pessoas acham chato isso de ficar pensando no futuro das situações, tentar descobrir o porquê das coisas, "subir na ponta do pêlo do coelho e olhar nos olhos do grande mágico".
Eu gosto disso, sabe? Eu gosto de pensar sobre isso.. Acho muito mais interessante do que qualquer outra coisa que a maioria gostam de fazer.